O dinheiro para a Ucrânia acabou!

Estados Unidos não quer mais enviar dinheiro a Ucrânia para ajudar na guerra contra a invasão russa.

A generosidade financeira dos Estados Unidos em apoio à Ucrânia na luta contra a Rússia atingiu seu limite em 27 de dezembro, criando uma urgência palpável na necessidade de uma intervenção do Congresso americano. A informação crucial foi compartilhada pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, na última quarta-feira (3).

A atual conjuntura deixa claro que a Ucrânia não receberá mais auxílio financeiro a menos que o Congresso respalde um novo e substancial pacote de ajuda militar, uma proposta que já está na mesa desde o ano passado, apresentada pelo governo Joe Biden. O montante disponível para o presidente Biden gerenciar é de US$ 4,4 bilhões (equivalente a R$ 21,6 bilhões), mas a destinação desses fundos parece dependente do crucial apoio parlamentar ao pacote de segurança de R$ 520 bilhões, sendo R$ 300 bilhões destinados à Ucrânia.

John Kirby destacou enfaticamente que sem esse financiamento adicional, a Ucrânia não terá outra fonte de apoio substancial. Em um momento anterior, o general Pat Ryder, porta-voz do Pentágono, já havia ressaltado as dificuldades além das meras questões políticas, indicando que decisões difíceis seriam tomadas em relação ao uso dos US$ 4,4 bilhões disponíveis, considerando a necessidade de manter a prontidão própria dos EUA.

Os Estados Unidos têm sido o principal patrocinador ocidental do governo de Volodimir Zelenski, contribuindo significativamente com R$ 380 bilhões de um total de R$ 1,2 trilhão em ajuda até outubro, sendo 61% desse valor destinado a transferência de armamentos.

A atual situação, entretanto, está impregnada de impasse político, com os republicanos direcionando sua atenção para a corrida eleitoral e questionando a abordagem de Biden no pacote de segurança, enquanto também ressaltam a crise com refugiados latinos na fronteira mexicana. Em um delicado equilíbrio, parte desses recursos também será destinada a apoiar Israel, o que pode gerar gestos políticos importantes para a comunidade judaica americana.

O presidente Zelenski se encontra no epicentro deste tumulto, enfrentando dificuldades crescentes em sua contraofensiva do ano passado e pressões renovadas dos russos, evidenciadas por ataques aéreos mais intensos. Há um receio explícito de Zelenski quanto ao possível enfraquecimento do apoio americano, especialmente se houver uma mudança no cenário político com uma eventual eleição de Trump.

No entanto, observadores apontam para uma complexa situação que poderia forçar Kiev e Moscou a buscarem uma negociação, considerando que o pacote de ajuda de R$ 250 bilhões que a União Europeia planejava também enfrenta atrasos. Vladimir Putin, porém, tem mantido uma postura desafiadora, indicando que não está disposto a ceder até sua reeleição em março. Mesmo assim, abre-se uma janela de oportunidade pós-eleitoral para possíveis acordos, caso a Rússia alcance uma vitória mantendo sua parcela de território.

Neste momento delicado, o Ocidente expressa descontentamento com os custos e os impactos contínuos do conflito, enquanto Kiev permanece firme na recusa de perder território. Enquanto ambas as partes se preparam para uma prolongada e indefinida disputa, a Rússia, com sua capacidade militar e de produção superiores, parece estar em vantagem.

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