Nessa terça-feira (09), o governo de Taiwan emitiu um alerta abrangente em toda a ilha, informando sobre a incursão de um satélite chinês em seu espaço aéreo ao sul. O ministro das Relações Exteriores de Taiwan caracterizou essa ocorrência como parte de um padrão de intimidação, poucos dias antes de uma eleição crucial.
O Ministério da Defesa enviou o alerta de segurança para os dispositivos móveis em Taiwan por volta das 15h (0700 GMT). Coincidentemente, a mídia estatal chinesa confirmou nesse mesmo momento o lançamento de um satélite de caráter científico.
O “alerta presidencial” identificou o objeto como um “satélite” em chinês, enquanto em inglês foi mencionado como um “míssil”.
Mais tarde, o Ministério da Defesa atribuiu a referência equivocada a um “míssil” a uma “negligência”. Além disso, afirmou que o foguete atravessou a alta altitude do espaço aéreo taiwanês.
No próximo sábado (13), Taiwan realizará eleições presidenciais e parlamentares. Pequim continua a reivindicar Taiwan como parte de seu território e tem caracterizado as eleições como uma escolha entre paz e guerra no Estreito de Taiwan. Por sua vez, o governo taiwanês rejeita veementemente as alegações de soberania da China.
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A agência de notícias estatal chinesa Xinhua anunciou que a China lançou, a partir da província de Sichuan, sudoeste do país, um “novo satélite astronômico” denominado Sonda Einstein. Anteriormente, não houve nenhum anúncio oficial sobre o lançamento do satélite pela China, e os detalhes sobre sua rota não foram divulgados. Em dezembro, o país realizou dois lançamentos consecutivos de satélites a partir de um local na Mongólia Interior, sem provocar alertas ou sobrevoar Taiwan.
A mídia estatal chinesa descreveu a sonda como um pequeno satélite voltado para estudos de astrofísica e astronomia de alta energia.
Durante uma conferência de imprensa, enquanto o alerta estava em andamento, o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, observou que esse lançamento faz parte de um padrão de intimidação contra Taiwan, semelhante aos recentes avistamentos de balões chineses na ilha. Ele classificou essas táticas como atividades de “zona cinzenta”, ressaltando o contínuo perigo de um conflito entre Taiwan e China.
Enquanto isso, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, ao participar de um evento de campanha em Kaohsiung, assegurou a natureza do objeto, afirmando se tratar de um satélite e não de um míssil, buscando tranquilizar a população.
No entanto, o principal partido de oposição em Taiwan, o Kuomintang, criticou o alerta, alegando que ele causou confusão entre o público.
Recentemente, Taiwan acusou a China de ameaçar a segurança aérea e de realizar uma campanha psicológica por meio da série de balões avistados na região.
Nos últimos quatro anos, Taiwan tem denunciado um aumento da atividade militar chinesa, incluindo voos regulares de jatos de combate sobre o estreito. Essas ações são consideradas parte de uma estratégia de “zona cinzenta”, destinada a minar Taiwan com medidas ofensivas que evitam um confronto direto.
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